sexta-feira, 23 de novembro de 2012

regras de etiqueta

o custo todo a custo tudo
a penas vendo apenas cobertas
não vendo alegria vendo só tristeza
olho puro olho, negócio por negócio
vida por via que a visse assim
sendo alegre alegria vendo

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

ainda que não o concretizasse ...

por cada vez que disse que não te encontro houve um instante de vou-te encontrar que se antecipou ao nosso encontro

é verdade as palavras passam e passam por vezes por nós sem darmos conta de que nos silenciaram...

por vezes asfixia-nos o tempo que passamos solitariamente olhando a janela que cai das nuvens molhando os passos de quem passa com lágrimas azedas porque são de colheitas perdidas no tempo que ficou a passear à deriva fechado em si mesmo

sinto-me num estado perfeitamente vago de ideias vagas que me embrulhem numa onda atrás de outra sensação de vaga que me leve ao fundo de novos conceitos simplesmente de realidade em surrealidade que de tão resolvida se revele irresoluta neste combate pessoal em que acabo novamente por me embrulhar navegando lençol adentro de lençol noite após dia

estou algures perdido a meio tempo entre o espaço e o sonho

pai país que nos pertence

saqueando regularmente a cozinha, um pirata por um pedaço de pão atravessa o convés da senhora da glória arrastando pelas vergonhas abaixo a moral que leva lá bem no alto. fossem os seus passos no entanto os menos arrastados do reino e a leveza com que agora marcha fariam desta república uma comunidade bem mais eficiente que aqui o marujo que navega em águas nunca antes reveladas a si mesmo pouco sabe reverter. até ver é o meu pai que vegueia pela noite aos restos que lhe deixaram na cozinha e que lhe alimenta os passos pela noite. até ver...

de litro em nitro e meio

às vezes não basta dar o litro é preciso revendê-lo cada vez mais cêntimo a dezbarato