terça-feira, 21 de novembro de 2023
Bicadas Desbocadas
As minhas palavras não são o que me sempre me sai da boca, sou uma beca assim especialmente em certos bocados ou em alguns becos com saídas menos iluminadas
Lamento pela Irmã Marta
As melhores receitas são também uma história de vida cujo segredo nos compete decifrar. Por vezes o seu destino surge-nos antecipado, como num refogado entornado
domingo, 19 de novembro de 2023
Reflorestas
Amor Fogo é uma paixão que queima corações transformando-os em livros e lápis de todas as cores e piores feitios
escutando um requiem antes de compor uma valsa
lembrando-te do fim torna memorável o desfecho começando pelos teus princípios.
pressão alta de baixas pressões
o artista falhou está falado, diz lá agora meu amigo se não tens quem de ti trate onde está agora a tua arte, não é assim que o bandoparte?
tou cansado de não passar de um miúdo só do lado de fora do seu próprio filme
por mais que queira não consigo ser espectador do meu próprio filme apesar de o ver amíude projectado no dos outros. que noite esta em mim....
Comovido pela fé, cú movido pelas guerras
Um soldado que sonha com a Guerra que atravessa o éter ao seu redor quer é voltar a casa com a Paz, para partilhar toda a fé que o move.
litro e meio depois
as mulheres preferem os amigos mais brilhantes ou os adversários mais sábios e quem as pode censurar?
e a lida prossegue
o miolo escasseia, o pão endurece. a joaninha mete migalhas no parapeito, surgem os primeiros pardais, enquanto os piscos aspiram, os pombos conspiram, as anax mudam, os mochos observam, as águias mais acima, do que as gaivotas auguram, e do que os aviões que vagam, em terra ao par de corvos que tantos temiam, todos assistem, ... enquanto os abutres aguardam.
busco-te.encontra-me
vejo-te sem te encontrar
por toda esta vida
escorrendo-me através desta em cidade
que me diz corre
mas que se suspende pelas artérias
trepando pelo pulso
das árvores feito selvagem
com o tacto de um animal
e o olfacto de uma viagem
que encontrei um dia
numa fantasia real
onde me perco
sempre que não te encontro
mesmo que sempre te veja
através dos olhos meus
reflexo em olhos teus.
por toda esta vida
escorrendo-me através desta em cidade
que me diz corre
mas que se suspende pelas artérias
trepando pelo pulso
das árvores feito selvagem
com o tacto de um animal
e o olfacto de uma viagem
que encontrei um dia
numa fantasia real
onde me perco
sempre que não te encontro
mesmo que sempre te veja
através dos olhos meus
reflexo em olhos teus.
não me quero perder fora do teu alcance
mostra-me o caminho que te seguirei, sê o meu passo que te completarei. desta vez ousarei...!
V.enus de M.oi ("_")*
o teu suave aroma de planícies cobertas de jardins de cor intensa e primaveril que combina a perfeição da frescura do teu gesto com a intensidade do teu olhar que me perdura como uma noite à lareira sob uma noite de chuva com estrelas, ainda deseja o meu rude tom de homem cadente?
a minha urgência cansa-me a urgência que me descansa
se não fossem as complicações a todo o tempo o cansaço fora de tempo a sonolência pela tardinha e as dores de cabeça para lá da hora, não haveria qualquer desculpa para não estar aí bem enroscadinho tranquilamente em ti. quero-nos tanto... mas quando também nús nós nos partilhamos? !!!
final sem ponto
ando eu por aí entretido a sobreviver quando devia sobre viver contigo ao te entreter
ver de perto
o meu peito tranparece-se só de te ver desse lado da janela. tenho esperança de um dia te entrar por ela dentro e de te revelar as minhas mais profundas palpitações.
Para quê tomar apenas um café se podemos apreciá-lo nós mesmos à beira mar?
Em que espaço.tempo é que os nossos caminhos se cruzam? Quero fazer-te na estrada...!
deseja outra mensagem?
Acima da esquina da alegria com a liberdade, onde o jazz se esvai das janelas encerradas de cimento, o amarelo do meu asfalto misturou-se com o dourado do seu desejo e fez-se liberdade em alegria! Agora resta aguardar e ter paciência antes de recolocar um café em todas as rotas da europa.
apagado assim como a cinza cinzenta que flui fui entre espaços levado a contragosto pelo vento (como odiava quando o vento me despenteava os caracóis que até davam para contar todos aqueles que foram até agora subtraídos da superfície do meu pensamento levemente sumidos até ao resto zero o nada adiante de mim) flutuando sem sentido até ao apagar da chama que não era da velha mas de uma beleza invulgar minhota singular castelhana das melhores famílias a que não darei continuidade porque sou um falhado nos meus mais necessários instintos de que outros sugam o tutano alheados da minha verdadeira existência deprimente e deprimida em que me alheio cada vez mais enterrado em sonos e sonhos sem sentido e filmes imberbes
"Oh lord can you see...
Há dois tipos de pessoas que gosto particularmente: os meus amigos e as pessoas que me falam directamente. Os meus amigos porque diz que sim, e essas pessoas porque me dizem directamente o que os amigos nem sempre sabem como dizer. Mas o que mais aprecio são os meus amigos quando me falam frontalmente. Mas verdade seja dita oiço melhor do que me convém e respondo-lhes pior do que devia....
estou só, deste lado.
nos últimos tempos virei-me para a margem sul e cá continuo nesta coisa sem portas nem janelas a que chamamos "o Terreno". Esta casa já tem tecto, o que tira alguma piada à música do Vinicius, mas até nem têm faltado anedotas. A mais recente foi a desta madrugada em que fiz uma queimada de aparas de madeiras velhas: levantei-me cedo, acho que demasiado cedo para que as madeiras quisessem arder. Fiz uma fogueira, mais fumo que fogo e não consegui queimar tudo o que precisava.
Apaguei as cinzas. Fui deitar-me. Dormi, sonhos embrulhados. Acordei enjoado (ando cansado, fatigado e mal alimentado...), mas a neura foi perceber que as chamas tinham reacendido. Resumindo ardeu quase tudo o que queria queimar e por sorte não passou para o lote ao lado...! lucky basterd not in the news today....
Mas cá continuo no que sobra deste canto de mundo sem sanita e água do garrafão, mas com net que é para não amolecer com tantos luxos. "O Terreno" um pequeno lote que aos poucos foi tomado pela vizinha, vizinho e sua família. Entretanto vim para aqui restaurar móveis e um pouco de amor próprio. Fiz a planta da coisa mas ainda não plantei nenhuma. Limpei um porradão de entulhos, mas o mais duro tem sido não ter ninguém com quem partilhe horas cheias. O que me trouxe no entanto foram as portas e as janelas cujo dinheiro que lhes estava destinado serviu para pagar bicas nomeadamente de um ex amigo sócio. A minha vida sempre foi complexa mas desde este bar pfff....
E cá tenho continuado e já começa a haver obra à vista. Mas a minha vida são outros filmes. Tenho bem noção disso. Tou a fazer por voltar ao cinema. Tenho uma imagem a restaurar. E projectos não faltam.
E desejos a sonhar então... mas cá continuo perdendo-me sem te encontrar deste lado. tão só.
Apaguei as cinzas. Fui deitar-me. Dormi, sonhos embrulhados. Acordei enjoado (ando cansado, fatigado e mal alimentado...), mas a neura foi perceber que as chamas tinham reacendido. Resumindo ardeu quase tudo o que queria queimar e por sorte não passou para o lote ao lado...! lucky basterd not in the news today....
Mas cá continuo no que sobra deste canto de mundo sem sanita e água do garrafão, mas com net que é para não amolecer com tantos luxos. "O Terreno" um pequeno lote que aos poucos foi tomado pela vizinha, vizinho e sua família. Entretanto vim para aqui restaurar móveis e um pouco de amor próprio. Fiz a planta da coisa mas ainda não plantei nenhuma. Limpei um porradão de entulhos, mas o mais duro tem sido não ter ninguém com quem partilhe horas cheias. O que me trouxe no entanto foram as portas e as janelas cujo dinheiro que lhes estava destinado serviu para pagar bicas nomeadamente de um ex amigo sócio. A minha vida sempre foi complexa mas desde este bar pfff....
E cá tenho continuado e já começa a haver obra à vista. Mas a minha vida são outros filmes. Tenho bem noção disso. Tou a fazer por voltar ao cinema. Tenho uma imagem a restaurar. E projectos não faltam.
E desejos a sonhar então... mas cá continuo perdendo-me sem te encontrar deste lado. tão só.
Que vida de Tango...
Talvez me restaure um dia dando os passos trocados com um pouco mais que graxa.
doa por quem doer
um coração tem de bater
Quero deixar-te
o meu hoje já nem sabe porque bate
mas a verdade é que estremece
e não me deixa sonhar
por isso sigo acordado
despertando silêncios
e vozes enfim
ando com o desejo desencontrado
mas tenho encontrado desejos
de nada
e de tudo
um coração tem de bater
Quero deixar-te
em paz
porque ando em guerra comigo
mas a verdade é que estremece
e não me deixa sonhar
por isso sigo acordado
despertando silêncios
e vozes enfim
ando com o desejo desencontrado
mas tenho encontrado desejos
de nada
e de tudo
por ninguém
e por toda a parte.
às vezes basta uma imagem
uma ponta e uma ilusão
para começar de novo a aventura
que nos leva além de toda a arte
naquela leve palpitação
que embala o desejo
e nos leva a estrada
a toda a parte.
sigo
um desejo
que escapa de mim
apetece-me chuva lá fora e companhia cá dentro. estou só e mal habitado. nestes lugares trilhados preciso de um novo destino. preciso de me encontrar. perdidamente só e mal habituado vejo o dia seguinte um de cada vez aceleradamente chegando cada vez mais sofregamente. pergunto ao teu silêncio se escutas aos verbos sem rima, ao eco dos silêncios perpétuos que os meus sonhos recebem por fim noite após noite o mesmo sem-fim. já nada teu anseio já nada nosso acontece. apenas uma miragem de tudo poder explicar sem uma única palavra. porque apenas sonhando subsisto ao fim da madrugada. é. por isso é teu este abraçar sem palavras. já não sou o teu homem já sou apenas um embrulho amarrotado que resiste em forma de coisa nenhuma mas feliz por ser teu no instante que me lês aqui sem mais companhia nenhuma além do que neste instante de novelo que em todo e se tece. o mundo toda lá fora aqui não acontece. chove cá dentro mesmo que já tenhamos desatado todos os nós que existimos um dia
Começar
num passo em frente
rumo ao vazio
o gesto insensível
pela imprevisibilidade do sentido
Depois vem a queda na realidade
e no peso da gravidade
dos actos irreflectidos.
o tempo passa
o ciclo avança
e então?
aponta-se de novo faz-se a mira
acerta-se ao lado e em tanto outro sítio
acerta-se ao lado e em tanto outro sítio
até que damos por nós a olhar
pelo ponto de chegada
a face revelada
um sinal cintilante
ecoa pelo silêncio
de um sonho profundo
Deste Destino
o destino comum
do eterno devir
de ser destino
à espera da chegada
da eterna partida
que nos leve levemente
ao nosso encontro
o princípio sem fim.
dispenso ***** dormindo no chão luas dentro
no seu canto de nada cheio de tudo, velho jovem procura forma de anunciar-se com quem quer partilhar um céu cadente de estrelas...
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